quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Acrobacias

Apresentação de acrobacias do Grupo Semear Missões com Arte

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

MC's

Abreviatura de Master of Ceremony (mestre-de-cerimônias), designa os rappers que cantam e animam os bailes. Os Mc’s são considerados poetas no sub-mundo underground e tem um papel fundamental no Hip Hop, chegando a ser o elemento mais importante, pois é através deles que é passada a ideologia do som. Ele consegue dar vida a uma batida, porque facilita na hora de escrever suas letras.
O Mc Negrone, um dos nomes mais respeitados no movimento, utiliza a música como forma de manifestar sua preocupação com a questão social. Para ele a música é um instrumento de transformação da sociedade. “Minha inspiração é o amor, só quero somar coisas boas para a vida das pessoas. Abrir o coração para o amor e fechar a mente para a ignorância”, diz. Essa é a postura dos Mc's de Hip Hop, para eles escrever música é um hobby onde o retorno financeiro não é o mais importante, mas sim fazer uma letra com conteúdo, agradando o ouvido de quem quer ouvir, não interessa se vão ser 100 ou milhões de pessoas, o importante é passar o pensamento. Hoje os Mc's de Hip Hop no Brasil preferem ficar no anonimato, pois não querem que qualquer um que não conheça a cultura ouça o som só porque é moda, mas sim porque entende o pensamento. Não são simples rimadores, porque rimar é fácil, o difícil é fazer as pessoas pensarem.

RAP
Abreviatura de rythm and poetry (ritmo e poesia). Estilo de música em que um ou mais MCs se apresentam cantando sobre uma base instrumental, a letra falada ou declamada.

O RAP também faz parte do movimento Hip Hop, mas não está inserido apenas nesse contexto. Existem algumas vertentes distintas de RAP.

A diferença dos Mc’s de Rap para Hip Hop
Os Mc’s de rap, conhecidos também como justiceiros, têm como forma de expressão falar da criminalidade, da pobreza e da marginalidade. São totalmente preconceituosos em relação às classes sociais superiores e aos brancos.

Já os Mc’s de Hip Hop, utilizam o estilo RAP, mas preferem escolher temas específicos, desafiando a si próprio, mostrando que conseguem rimar com qualquer tipo de assunto. A intenção é mostrar ao mundo os problemas da sociedade, chamar a atenção para a exclusão social e tentar mudar essa situação.

Porque eles começaram a rimar
Ao invés de cantar, como grupos de rock, eles optaram em declamar, como se estivesse falando para alguém na sua frente. A rima é uma característica da literatura popular, comum. Assim como a poesia de cordel, são “textos” voltados à baixa classe social.

Free-style - improvisar rimando com pessoas ou coisas do momento, passando uma idéia com coerência. Existem até batalhas de free-style, onde o vencedor é aquele que consegue rimar ironizando o outro com mais qualidade.

Beat box - São homens que fazem com a boca o som do isntrumental. É muito comum um grupo de Hip Hop ter um beat box acompanhando, pois podem criar músicas em qualquer lugar.
.
Festival de Inverno 2008
O MC Beto se apresentou mostrando o talento e a habilidade que um rapper precisa ter.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Break e BBoys

O break surgiu no final da década de 60, quando o mundo era dominado pela febre da “disco music”, e nenhum outro estilo musical conseguia se propagar. Naquela época já existia o conceito Hip Hop com Dj e Mc, mas ainda faltavam dois elementos cruciais.

A Explosão
O break aliado ao graffiti fez com que o Hip Hop crescesse, pois o apelo visual dos B-boys (como são chamados os dançarinos do break) e do graffiti, popularizava cada dia mais o movimento.
Começaram a se formar grupos de rua que propagavam a cultura. Eles faziam mais ou menos o papel que o videoclipe faz hoje, mas em uma escala muito menor. Isso trazia cada vez mais adeptos ao Hip-Hop.

Os B-Boys
Os B-Boys são os dançarinos do break. Eles realizam com muita elasticidade, ritmo e rapidez, movimentos, às vezes, impossíveis de se imaginar.
Usam roupas largas porque precisam de conforto para realizar os movimentos.

Projeto Social
Com a difusão do break começaram a surgir muitos b-boys e, em uma época de violência, fez com que jovens deixassem o crime para se dedicar ao break porque levavam uma vida praticamente de atleta, com treinamento árduo, boa alimentação, etc.
Começaram a mostrar para o mundo que na rua não havia apenas violência, mas existia uma cultura que ajudava muitas pessoas.

Primeiro Movimento no Brasil
Com o auxílio da mídia, surgiram grandes B-boys, dj’s e mc’s. Um exemplo do primeiro movimento de Hip Hop no Brasil é a galera que se reunia primeiramente na Rua 24 de Maio, no centro de São Paulo, e que logo depois mudou seu encontro para a São Bento, lugar super conhecido por revelar grandes nomes do Hip Hop nacional, como Nelson Triunfo, o maior b-boy brasileiro (que já chegou a participar da abertura de uma novela global com seus passos), Thaíde, Dj Hum, Racionais, etc.

DJ

A palavra “DJ” vem do inglês “Disc Jockey”, que significa “piloto do disco”. São pessoas responsáveis pela manipulação dos toca-discos.
O DJ Kool Herc pensou na utilização de dois toca-discos repetindo o mesmo trecho, que chamam de “breakbeat” (batida) de um vinil. Deste modo, o DJ poderia aumentar e controlar o tempo da música o quanto quisesse.

O “scratch” (movimento que consiste em girar o vinil para frente e para trás com a ponta dos dedos em velocidades variadas) foi criado em 1977, por acaso, pelo DJ Grand Wizard Theodore que disse: “Estava ensaiando no meu quarto, quando mamãe veio me chamar. Segurei o disco para poder ouvi-la, ao fazer aquilo percebi um som diferente no fone. Então comecei a praticar em diferentes pontos do disco procurando o melhor efeito.”

O scratch ficou nos subúrbios por anos até ser “descoberto” pela massa. Nos dias de hoje existem inúmeras formas de se fazer um scratch. Sempre haverá alguém que será influenciado e recriará em cima de algo que já existia.

Grand Master Flash inovou o scratch dando o valor que ele tem hoje e criou o “back to back” (repetição de uma mesma frase nos dois toca-discos).

O DJ é quem comanda as festas, podendo influenciar na animação do ambiente. Existem alguns diálogos populares que são utilizados nessa interação, como por exemplo, a técnica dos escravos norte-americanos chamada de “calling and response” (chamado e resposta). Frases como “Can you feel it?” (você pode sentir isso?), “Say yeah!” (diga yeah!), “Put your hands up in the air!” (jogue suas mãos pra cima!), eram utilizadas para levantar o ânimo nas festas. Até hoje estas frases são mencionadas em músicas e utilizadas nos shows de artistas de todo o mundo.
No começo era o DJ quem fazia as incitações, mas com o tempo as frases foram implementadas e se transformaram em estrofes e depois em letras mais elaboradas. Essa evolução abriu vários outros segmentos dentro do elemento DJ.

Com tantas novas possibilidades, começaram a surgir as competições. Em 1987 o Disco Mix Club (DMC) realizou o primeiro evento, dando o início a diversos outros espalhados pelo mundo.
Hoje um DJ pode realizar performances apresentando os seus conhecimentos no toca-disco; produzir música; tocar em bailes e festas; tocar para um grupo musical (O Rappa, Os Racionais, Limp Bizkit são alguns exemplos); Ele pode construir novas batidas a partir de vinis (beat juggling); pode, ainda, trabalhar em estações de rádio ou programas especializados em Rap.
.
Festival de Inverno 2008
Quem esteve presente pode conferir o trabalho de um DJ bem pertinho!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Mural










Graffiti

O graffiti (aerosol art) é uma expressão de arte urbana que utiliza o spray para fazer desenhos em muros.

Como surgiu?

Existe desde a pré-história, passando por Pompéia (Itália), pela revolução mexicana na década de 30 e pela Segunda Guerra Mundial, formando o Hip Hop no final dos anos 60 em Nova York. Nessa época, servia para demarcar território e fazer propaganda, sendo utilizado por gangues. O primeiro graffiti móvel foi feito em 1970 em um caminhão de sorvetes.

Evolução

Após um tempo, o graffiti começou a ser utilizado em forma de protesto e aí surgiu o tag, que era a assinatura do grafiteiro. Com essa popularidade, houve um aumento no número de grafiteiros, o que gerou a necessidade de diferenciação, fazendo surgir asteriscos, setas e símbolos. Foi a fase que deu origem a novos estilos como Bubble (letras mais cheias e arredondadas), Brodway (letras em blocos), Mechanical (inspiradas em metais) e Wild Style (as letras se fundem formando uma nova composição).
O maior meio de divulgação dessa intervenção urbana foi o metrô, quando pintaram um vagão para que a arte passasse por todos os bairros de Nova York. Porém, não se usa mais o graffiti em metrô.

Graffiti e Pixação

O graffiti é diferente da pixação porque mostra cores, desenhos e nos passa uma mensagem, uma ideologia, ou seja, uma arte. Já a pixação mostra apenas as letras do autor com a intenção de popularidade. Quanto mais lugares com sua assinatura, melhor. Os pixadores se arriscam pendurando-se em lugares altos e inundando a cidade com poluição visual. Além disso, gera brigas por alguns pixadores que escrevem em cima de outro pixo (atropelo).
Portanto, o graffiti é a arte da rua e para rua.

Festival de Inverno

O Graffiti também estava presente no evento 2008. Enquanto a programação acontecia no palco, o pessoal do Semear Missões com Arte grafitava o mural do fundo. Ficou muito legal!!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Hip Hop

Você sabe o que é Hip Hop?

Podemos considerar que a cultura de um grupo social é o conjunto das suas criações materiais e espirituais, ou também o conjunto da sua herança social. Por isso o Hip Hop é muito mais que uma moda ou apenas um gênero de música. Ele não é um cenário imaginário ou algo que foi simplesmente criado, é todo um modo de vida representado na arte. Vem das raízes afro-americanas dos Estados Unidos e surgiu no fim da década de 60, época em que havia muitas discussões referentes aos direitos humanos e vários conflitos raciais. É originalmente um movimento negro, que retrata a vida de habitantes suburbanos e seus problemas sociais. Reflete o comportamento e a visão dessa classe excluída, em sua maioria periférica.
O nome “Hip Hop” foi criado por Africa Bambaataa em 1968, para designar os encontros de dançarinos nas ruas do Bronx (EUA) e é uma alusão à forma popular de dançar. Numa tradução literal, significa movimentar os quadris (to hip) e saltar (to hop), em inglês. É um movimento que reúne música, artes plásticas e dança.
Devido a grande interação na área das comunicações, a cultura Hip Hop está se espalhando e recebe contribuições de várias culturas, atravessando fronteiras e ganhando adeptos de todas as partes do mundo, quebrando, inclusive, barreiras entre religiões, povos, raças e classes sociais. Isso tem enriquecido o movimento.
No Brasil, surgiu em meados dos anos 80. Na época, não havia nenhum movimento no país que retratasse essa cultura. O que a mídia estava explorando era o fenômeno “Break Dance”. E esse foi o elemento mais importante para a difusão do movimento no Brasil. Aqui, embora ainda exista preconceito racial, esse não é o tema mais importante. O Hip Hop brasileiro aborda temas das periferias das grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo. A pobreza e a exclusão social são as bases da maioria das letras. Além da importância cultural, o estilo vem assumindo um papel fundamental na educação e no crescimento da população. Muitos projetos de apoio social estão sendo criados por associações do Hip Hop. Vários jovens são tirados da rua e do mundo do crime para aprender a dança, a música e a arte. O Hip Hop é composto por quatro elementos fundamentais:

- O BREAK: representa o corpo através da dança;
- O MC: a consciência, o cérebro;
- O DJ: a alma, essência e raiz;
- O GRAFFITI: a expressão da arte, o meio de comunicação.

Na programação do Festival de Inverno 2008, as crianças da igreja Renovar, apresentaram uma coreografia de Hip Hop, organizada pelo Pr. Keko, do Semear Missões.